quarta-feira, 6 de maio de 2009

As Filas da Morte

Tomo a liberdade de usar como título desta postagem o mesmo que o renomado Jornalista Paulo Sant’Ana, usou em sua coluna de Zero Hora a poucos dias atrás. Para quem não teve a oportunidade de ler, este título trazia como alusivo as filas dos hospitais, postos de saúde do Estado e do País. Tal colunista expôs toda sua indignação, e incumbida a isso também a nossa como população com a situação do SUS, e demais sistemas de saúde que estão indo ao colapso no nosso país. (Bem que o Sant’Ana, podia ser leitor desse humilde Blog .. rsrsr ..).
Hoje em dia, já não bastasse a situação caótica dos sistemas públicos, vimos também entidades particulares como por exemplo a ULBRA, sucumbir em má administração e indo quase que a falência, deixando assim seus dependentes do serviço a mercê da saúde pública, que há muito tempo se encontra em total desleixo pelas autoridades.
A crise da saúde no Brasil, vem de longa data e continua presente no dia-a-dia da sociedade. Freqüentemente nos deparamos com notícias que revelam filas de pacientes nos hospitais e postos de saúde, especialmente do serviço público, além da falta de leitos e equipamentos, os médicos e enfermeiros encontran-se em condições precárias de trabalho. Em meio a esta crise toda está a população, que precisa de atendimento médico, direito garantido pela nossa Constituição Federal, (Art.196, “ a saúde é direito de todos e dever do Estado”...).
“As filas da morte”, por vezes até diminuem, infelizmente por pacientes que não agüentam com suas saúdes debilitadas e vão a óbito, ou mesmo pela humilhação e sofrimento que passam muitas vezes por esperar em corredores de hospitais, em macas, cadeiras de rodas e mesmo deixados ao chão, dividindo assim, suas doenças e mazelas de uma sociedade carente de um sistema organizado de saúde. Parece que daqui para frente a situação só vai piorar, com doenças e epidemias que outrora não tínhamos, como a mais nova ameaça a população a temida gripe suína e a febre amarela. Enquanto isso, a Saúde Pública, que deveria ser prioridade para todas as autoridades torna-se mais um instrumento para disputa política.

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