sexta-feira, 3 de setembro de 2010

"A escolha do Sentimento"

Essa semana escutei uma frase num desses cafés: “- Ta complicado amigos, por que fui me apaixonar logo por ele”? (RS!) É o tal medo do amor, medo do envolvimento. Não amar, para muitas pessoas por incrível que pareça, é melhor do que ter o coração dilacerado pela separação amorosa (talvez até não estejam errados). Bom, a questão então é, por que nos apaixonamos por Beth e não por Débora, ou ainda por Ricardo e não Cristiano. Estamos sempre tentando justificar a escolha de um parceiro em detrimento d’outro. A verdade é que a gente não decide em se apaixonar e se envolver. É bem verdade, que o candidato(a) a este ou aquele amor tem que cumprir certos requisitos, como aquela outra pergunta, que também escutei: “tu achas ele(a) bonito(a)’? Vejo que cada vez que nos apaixonamos, estamos tendo uma nova chance de acertar, de nos renovar, estamos tendo a oportunidade de escrever uma nova história, de sermos estreantes em uma trama, muito embora alguns já tenham feito papel de coadjuvantes, ou anônimo. Qualquer papel e interpretação que você assumir, quanto as atitudes que tomar serão novidades, é a chance de você ser um “personagem novo”. Um novo amor é a platéia ideal para nos reafirmarmos. Você é dono do roteiro, você conduz os episódios, apresenta seu personagem. Estar apaixonado por outro é, basicamente estar apaixonado por si mesmo, porém em outra versão, pois temos que nos engrandecer, mas para isso temos que usarmos nosso próprio papel e a nós mesmos. Mesmo as pessoas felizes precisam reavaliar escolhas, confirmar sentimentos, renovar votos, corrigir erros. Mas apaixonar-se de novo pelos seus próprios parceiros(as), nem sempre dá conta disso, eles já conhecem todos nossos truques e figurinos, sabem contra o quê a gente briga, nos tornando previsíveis. Muitas vezes o que precisamos é de alguém “virgem” de nós, que permita uma recriação de nós mesmos. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta aos capítulos anteriores. Em suma, ama-se pelo que o amor tem de indefinível.
Saudações..

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