As pessoas do meu convívio sabem, o quanto me preocupa as tragédias no trânsito, principalmente no RS. Para os “desavisados”, ultrapassamos a faixa de 1000 óbitos em acidentes de trânsito, apenas no nosso Estado. Esses dias, um amigo me ligou disse que precisava saber quantos haviam perdido a vida naquele final de semana ao volante, sabedouro de que eu já teria algum número para lhe informar, tal mortandade no asfalto. Não que eu goste de acompanhar essas tragédias, mas não consigo ficar inerte em relação a elas. A contabilidade no asfalto, não é suficiente para medir a amplitude das conseqüências de uma morte. A dimensão dos acidentes, se propagam como ondas, atingindo a todos. Por exemplo, quando morre alguém no trânsito, morre tudo o que poderia ter sido e jamais se saberá o que foi perdido. Que contribuições a pessoa que morreu abruptamente, deixou de existir, traria a sua comunidade? Que jovens educaria? Que progresso inventaria? Quando alguém morre no trânsito, eu, você, e toda humanidade perde, não só uma vida, mas uma história. É preciso que tornemos o excesso de velocidade, o beber e dirigir, o falar ao celular, comportamentos inaceitáveis, tratar o trânsito com mais seriedade e respeito. Acredito, que cada um tem a sua parcela a contribuir com a sociedade, é um absurdo perder qualquer vida humana, ainda mais da forma de que poderiam ser evitadas. Assim, aquele que morre, infelizmente leva consigo um pouco de todos nós.
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