Outrora,
já escrevei neste espaço que a melhor idade é a “última”, ou seja a terceira.
Pois
acredito que quando chegamos nela, já vivenciamos quase tudo, já se tem
experiência, e nada mais parece que vai ser novidade. Pois bem, esses dias
reparava em uns avós, e como eles se portavam com seus netos. Os avós são
idolatrados, possuem uma simpatia ímpar, seus netos os tem como um refúgio,
para tudo aquilo que não é permitido pelos seus pais, horários alternativos,
sobremesa antes das refeições, brincar na chuva, enfim, tudo é altamente
permitido e recomendado, quando estamos com nossos avós.
Me
recordo dos meus no interior de Bagé/RS, tudo com eles era autorizado, nada
lhes tirava o bom humor e a vontade de agradar os netos, (que não eram poucos),
estava sempre presente.
Vejo, que
quem é avô/avó, se vangloria, por ocupar tal posto, pois se ente enraizado
duplamente. Os nossos avós, nos poupam de tudo, querem apenas que estejamos
bem, e fazem questão que nossas vontades sejam leis. Bom, e aqui, não se trata
de mentir, (coisas que os avós não sabem fazer) mas sim de conter-se e ocultar
a verdade quando ela se mostra desagradável ou agressiva.
Com os
avós, perdemos limites, malícias e maldades, que nossos pais tem que nos impor
por incumbência. Mas nada impede que os avós sejam pedagogos ainda mais
competentes do que muitos patriarcas e ou matriarcas de plantão por aí.
Quando
ganhamos algo, ou mesmo “aprontamos” alguma coisa, não tão certa, dizemos: - “Essa contarei para meus netos”.
Evidente, não poderemos contar para os filhos, pois pare esses, somos exemplo,
porém para nossos netos, seremos seus prazeres, ou muitas vezes seremos
estórias, narrativas, ficção, fatos imaginários, permitindo assim, que nossos
netos sejam ensinados através de nós, dentro de preceitos morais do
simplesmente viver, sem que eles mesmos percebam.
Afinal,
vô, e vó são dádivas.
Saudações
aos Avós ..
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