Não sei se eu já confessei neste espaço, que sou meio desacreditado em algumas coisas. Talvez possa ser até taxado de pessimista mesmo, porém procuro em nenhum momento transparecer isso. Sou meio desacreditado em alguns “mitos” existentes, que as relações são “forever” usando aqui uma expressão bem de rede mesmo. Acho que o que fica muitas vezes para sempre, são os momentos. É evidente que não conseguimos ser sempre o mesmo, e certo momento da vida temos que optar por certas coisas, caminhos e prioridades. Mas acredito, que tudo que nosso coração conquista ou o que por ele é conquistado, ele se torna para sempre prisioneiro. É notório, que não há jamais como fugir-se daquilo ou de quem se amou, mesmo que agora se o odeie. Mas é mortal que a gente se afaste em certo momento de quem se ama. Tolice o que se ouve: “só um outro amor pode substituir um grande amor.” Nada há que apague os momentos o que se cravou uma vez no coração, mesmo que já se tenha desencravado, (vão ficar guardados os momentos). Vejo que quando as pessoas se entregam, a alguém ou determinadas atividades, ou algo nunca mais disso se libertam. Em pouco tempo vê-se que aquilo que eram laços, permanecem como grilhões como algemas dentro de um tempo, no pensamento do coração. Sempre me surpreendo, quando me é indagado sobre coisas e amizades de outrora, como se eu estivesse me estagnado no tempo e a ele. Vejo que o que passou, passou! Bem no passado mesmo, porém, todavia, no coração plasmam-se impressões digitais indestrutíveis, são definitivamente dele, ele nunca conseguirá abdicar delas podem até despegar-se dele suas substâncias, mas lá continuará o desenho de suas linhas, como uma tatuagem inapagável dos momentos.
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