Esta semana, conversei com duas pessoas que findaram seus relacionamentos, uma álias acabou seu casamento de anos. Ambas me confessaram que foi muito difícil tomar essa decisão de acabar tudo e praticamente começar uma vida nova, mas falaram também, que não tinham mais o ímpeto no seu parceiro, mas não conseguiam desligar-se dele ao mesmo tempo. Eu diria que 90% das relações amorosas terminam neste impasse: - “eu não te amo mais, mas me recuso a separar-me de ti.” As pessoas não conseguem desligarem-se, mas não se amam mais como outrora, não existe mais aquele furor corporal, mas permanecem ainda os valores afetivos, e não pensam em desligar-se pois o risco de que o atual companheiro(a), seja de outro(a), os perturba. Antes do fastio, vejo que as pessoas são amantes uma da outra, no bom sentido, e depois de um tempo tornam-se apenas companheiros. Vejo em alguns casais, que são repletos de fastio e despedaçados pela rotina, Contentan-se só em serem menos infelizes um ao lado do outro. Mas incrivelmente não querem se separar, mesmo sabendo que seria o melhor a ser feito. Nem sei se é falta de coragem, acho que não é. Penso que é tão grande o amor e tão fatal que as pessoas se unem, e que inconscientemente cultivam o orgulho de serem únicos e que é inútil dividir-se pela separação. Mas muitas vezes o orgulho e as vaidades permanecem, mesmo que tenham que ficar a cultivar um amor quase que já inexistente. Na verdade, o casal constitui uma história, e como tal, resta- os envelhecer.
Saudações!
Saudações!
Nenhum comentário:
Postar um comentário