domingo, 4 de julho de 2010

O Fastio das Relações


Esta semana, conversei com duas pessoas que findaram seus relacionamentos, uma álias acabou seu casamento de anos. Ambas me confessaram que foi muito difícil tomar essa decisão de acabar tudo e praticamente começar uma vida nova, mas falaram também, que não tinham mais o ímpeto no seu parceiro, mas não conseguiam desligar-se dele ao mesmo tempo. Eu diria que 90% das relações amorosas terminam neste impasse: - “eu não te amo mais, mas me recuso a separar-me de ti.” As pessoas não conseguem desligarem-se, mas não se amam mais como outrora, não existe mais aquele furor corporal, mas permanecem ainda os valores afetivos, e não pensam em desligar-se pois o risco de que o atual companheiro(a), seja de outro(a), os perturba. Antes do fastio, vejo que as pessoas são amantes uma da outra, no bom sentido, e depois de um tempo tornam-se apenas companheiros. Vejo em alguns casais, que são repletos de fastio e despedaçados pela rotina, Contentan-se só em serem menos infelizes um ao lado do outro. Mas incrivelmente não querem se separar, mesmo sabendo que seria o melhor a ser feito. Nem sei se é falta de coragem, acho que não é. Penso que é tão grande o amor e tão fatal que as pessoas se unem, e que inconscientemente cultivam o orgulho de serem únicos e que é inútil dividir-se pela separação. Mas muitas vezes o orgulho e as vaidades permanecem, mesmo que tenham que ficar a cultivar um amor quase que já inexistente. Na verdade, o casal constitui uma história, e como tal, resta- os envelhecer.
Saudações!

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