Afinal, quem invetou a felicidade? Ser
feliz é o que há de melhor, ou não?
Vejo, que antigamente, a felicidade
demandava "sacrifício".
Olhando os retratos antigos, vemos que a felicidade masculina por exemplo,
estava ligada à idéia de "dignidade",
vitória de um projeto de poder. Se vê muito, barbudos, bigodudos pomposos do
século 19 de nariz empinado, perfis de medalha, verdadeiros tirânicos sobre a
mulher e os filhos, “ocupados” em
realizar a felicidade da família.
Já nos dias de hoje, esta “idéia” de felicidade é vista de outra
forma. Onde para alguns, felicidade, é ser desejado, ser consumido. Outros
porém, não possuem tempo para nada, vivem a máxima que viver a felicidade, é o
que há de melhor, e a própria felicidade os consome muito.
Não por acaso, que a felicidade hoje
tornou-se uma obrigação de mercado.
Ser deprimido não é mais "comercial". A infelicidade de
hoje é dissimulada pela alegria obrigatória.
Mas é impossível ser feliz como nos
anúncios de margarina, e tão pouco ser sexy como nos comerciais de cerveja e
cigarro.
A felicidade hoje é uma lista de negações.
Não ter câncer, não ler jornal (#tragédias), não sofrer pelas desgraças, não
olhar para miséria (#mundoreal).
O mundo demanda uma felicidade dinâmica e
incessante, mas cada vez mais confundida com consumo, como uma "fast-food" da alma. Mas mesmo
assim, continuamos a apetecer está felicidade impalpável, e não consumível.
Infelizmente, uma das marcas do século 21 é
o fim da crença na plenitude, seja na amizade, no amor, na política, enfim. Se
isso é bom ou ruin, não sei. Mas é inevitável.
É bem verdade, que a felicidade tem de ser
municiada, assim como um automóvel abastecido para andar e como até mesmo um avião
para alçar-se em um nada, a felicidade, também necessita de seu combustível
para “voar”.
A felicidade, é paulatina, não se compra,
nem mesmo torna-se feliz da noite para o dia. Felicidade é ter um bom
relacionamento, é ter respeito, hombridade, enfim, ser feliz, não é obra do acaso,
ser feliz é uma conquista, que se renova a cada dia.
Saudações a felicidade;