quinta-feira, 7 de junho de 2012

Epitáfios & Fotos

Todos querem deixar vestígios de bons ângulos não verdade, mas isso nem sempre é fácil. Essa conclusão, é irrefutável, vez que teremos que escolher nosso última foto, ou melhor muitas vezes não escolheremos.

Tirar fotos, principalmente no mundo de hoje tão instantâneo, é uma coisa muito boa, embora também criminosa. E algumas nos matam antes mesmo de morrermos.

Aquelas pequenas de identidades, passaportes, carteira de motorista, existem para atestar que nada é perfeito. E tem também aquelas que capturam momentos lindos, quando estamos bêbados e felizes com amigos (#nem sempre).

Vejo, que toda fotografia é um arrependimento, por isso tiramos tantas. Acho que até por isso que inventaram as máquinas digitais. Esses dias ainda escutei: - “Ah não! Quero aquelas fotos antigas de verdade.” Logo entendi. Esta pessoa, queria fotos para posteridade.

Evidente, que não existe book, ensaios para nossa foto de epitáfio. O instante fotográfico é mágico, mas é particular.

Quando não conhecemos o retratado em questão, imaginamos como viveu, que realizou, como era sua personalidade. Já para os que conhecem o retratado, o retrato tem o estranho poder de enganar a saudade ou aumentá-la ainda mais.

Existe uma foto de morto quando a pessoa ainda está viva? Há quem diga, e a história nos mostra, que os grandes ditadores e guerrilheiros, gostam de escolher essas fotos. Não só isso, essas fotos viram mitos. Senão vejamos aquela foto de Ernesto Che Guevara, aquele famoso retrato, de guerrilheiro heróico, que estampa hoje desde camisetas, bonés a calcinhas. Foi uma emboscada fatal para a “execução” daquela foto.

Os epitáfios e as fotos são assim, constantes nas pedras da saudade, todos tem medo da foto de seu epitáfio, por isso tentamos ficar bem em todas.

Quer saber qual sua foto de morto?  - “É a sua melhor lembrança”.
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Saudações as fotos de epitáfio..

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