Tirar fotos, principalmente no
mundo de hoje tão instantâneo, é uma coisa muito boa, embora também criminosa.
E algumas nos matam antes mesmo de morrermos.
Aquelas pequenas de identidades,
passaportes, carteira de motorista, existem para atestar que nada é perfeito. E
tem também aquelas que capturam momentos lindos, quando estamos bêbados e
felizes com amigos (#nem sempre).
Vejo, que toda fotografia é um
arrependimento, por isso tiramos tantas. Acho que até por isso que inventaram
as máquinas digitais. Esses dias ainda escutei: - “Ah não! Quero aquelas fotos antigas de verdade.” Logo entendi. Esta
pessoa, queria fotos para posteridade.
Evidente, que não existe book,
ensaios para nossa foto de epitáfio. O instante fotográfico é mágico, mas é
particular.
Quando não conhecemos o retratado
em questão, imaginamos como viveu, que realizou, como era sua personalidade. Já
para os que conhecem o retratado, o retrato tem o estranho poder de enganar a
saudade ou aumentá-la ainda mais.
Existe uma foto de morto quando a
pessoa ainda está viva? Há quem diga, e a história nos mostra, que os grandes
ditadores e guerrilheiros, gostam de escolher essas fotos. Não só isso, essas
fotos viram mitos. Senão vejamos aquela foto de Ernesto Che Guevara, aquele
famoso retrato, de guerrilheiro heróico, que estampa hoje desde camisetas,
bonés a calcinhas. Foi uma emboscada fatal para a “execução” daquela foto.
Os epitáfios e as fotos são
assim, constantes nas pedras da saudade, todos tem medo da foto de seu epitáfio, por
isso tentamos ficar bem em todas.
Quer saber qual sua foto de morto? - “É a sua melhor lembrança”.
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