Ele acordou e foi até o quartinho do fundo, travar
sua luta matinal com a tábua de passar. Entrou no box do banheiro, cogitou em
tirar os cabelos que se acumulavam no ralo, desistiu. Saiu do banho acendendo
um cigarro, se vestiu e saiu de casa. Lembrou que devia dar apenas uma volta na
chave. A fechadura estava quebrada há mais de um mês e emperrava se desce duas
voltas. No caminho do ponto de ônibus, passou naquele boteco que se dizia uma
padaria, e tinha uma placa: “hoje mocotó” o ano inteiro. Tomou café e
seguiu para o trabalho. Passou a manhã resolvendo um problema nas contas do
escritório, que se recusavam a bater. Depois do almoço, acompanhou o seu chefe
na reunião da empresa que tentavam conseguir mais clientes. Saiu às 7, foi para
o ponto de ônibus e esperou por quarenta minutos. Chegou em casa já eram mais
de 8 da noite. Cansado, esquentou uma lasanha no microondas, comeu, tomou um
banho rápido e adormeceu assistindo jogo do seu time. Acordou atrasado e foi
passar roupa. Entrou no box, pensou de novo em tirar os cabelos do ralo, mas
estava atrasado. Saiu do banho, se vestiu e saiu de casa. Lembrou que devia dar
apenas uma volta na chave. No caminho do ponto de ônibus, passou no boteco,
engoliu o café e seguiu para o trabalho. De manhã, as contas ainda não batiam.
Depois do almoço com o chefe, nova reunião com aquela empresa. No final da
tarde, as contas se acumulavam. Saiu às 8, perdeu o ônibus, chegou às 10 em
casa, tomou um banho rápido e foi dormir com fome. Perdeu a hora e correu para
o banho. Os cabelos ainda estavam no ralo. Vestiu a roupa sem passar e saiu de
casa. Foi direto para o ponto. Seu chefe veio perguntar por que as contas não
batiam. Almoçou na mesa de trabalho, passou a tarde em reuniões, saiu correndo
às 8, pegou o ônibus e chegou em casa às 9. Levou mais de uma hora tentando
abrir a porta emperrada. Comeu o resto da lasanha e dormiu sem banho. Acordou,
vestiu a roupa e saiu de casa. O chefe estava esperando na sua mesa. Disse que
as contas tinham que bater hoje de qualquer jeito. Saiu às 10. Chegou em casa e
foi para o banheiro. Os cabelos ainda estavam no box. Acordou, saiu de casa,
tinha dormido vestido, uma volta, as contas estavam erradas, almoço na mesa,
reunião, o chefe esperando na saída, amanhã é a última chance, chegou às 8, tomou
banho, os cabelos ali no ralo e foi dormir. Acordou, saiu, a volta, as contas,
o almoço, a reunião, o chefe: - A demissão. Chegou, foi ao box, olhou para o ralo e tirou os
cabelos que ali se amontoavam.
Imaginação, Reflexão, Flagrantes do Cotidiano, recordações do passado ou lampejos do presente, além de medos do futuro.
terça-feira, 22 de maio de 2012
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Futurologia
Como tenho visto as pessoas
querer prever o futuro. Que ninguém sabe o que vai acontecer amanhã, isso todos
já sabem. Mas falar no presente e acreditar naquilo que os olhos vêem é mais
fácil e faz parte da verdade de cada um.
Nós, acreditamos naquilo que
sabemos e conhecemos, e desprezamos o desconhecido.
Vale a máxima: - O que eu
desconheço inexiste!
Evidente, só gostamos e amamos
aquilo que “temos conhecimento”.
Aqueles que se atrevem a buscar o novo, fugindo regras, preconceitos são
execrados e ridicularizados, pois fogem de um padrão habitual.
Na verdade o que seria da
humanidade, se inexistisse o fracasso, pois dele é que surgiram os caminhos das
novas descobertas. Poucos são os que se atrevem a levantar o véu do futuro, e
olhar o desconhecido. (#Boaessaheinn!).
Olhar e analisar o que sabemos e
conhecemos, é bem mais fácil, mas antever o futuro, e principalmente ter a
coragem de descrevê-lo é extremamente difícil e arriscado porque existe sempre
possibilidades de acontecer tudo bem diferente do prescrito. (#NãoGostodisso!)
Quantos foram mortos por falar no
desconhecido que hoje é uma realidade incontestável. Talvez Nostradamus, mãe
Dinah.. enfim
Dizem que o nosso futuro está
guardado, mas aonde no destino? Que destino? Será que ele não nos da uma canja
e não nos antecipa alguns capítulos (RS!).
É verdade, que estudar o futuro
tentando descrever cenários possíveis e destes prever ações para diminuir
riscos, como num tabuleiro de xadrez, nem sempre é fácil. Álias, quem consegue
essa missão são aqueles que fazem história.
Portanto amigos, o hoje, seria
bem diferente se nos debruçássemos no futuro, antes de decidir o presente.
Saudações ao Futuro.
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