terça-feira, 22 de maio de 2012

Vida Cotidiana


Ele acordou e foi até o quartinho do fundo, travar sua luta matinal com a tábua de passar. Entrou no box do banheiro, cogitou em tirar os cabelos que se acumulavam no ralo, desistiu. Saiu do banho acendendo um cigarro, se vestiu e saiu de casa. Lembrou que devia dar apenas uma volta na chave. A fechadura estava quebrada há mais de um mês e emperrava se desce duas voltas. No caminho do ponto de ônibus, passou naquele boteco que se dizia uma padaria, e tinha uma placa: “hoje mocotó” o ano inteiro. Tomou café e seguiu para o trabalho. Passou a manhã resolvendo um problema nas contas do escritório, que se recusavam a bater. Depois do almoço, acompanhou o seu chefe na reunião da empresa que tentavam conseguir mais clientes. Saiu às 7, foi para o ponto de ônibus e esperou por quarenta minutos. Chegou em casa já eram mais de 8 da noite. Cansado, esquentou uma lasanha no microondas, comeu, tomou um banho rápido e adormeceu assistindo jogo do seu time. Acordou atrasado e foi passar roupa. Entrou no box, pensou de novo em tirar os cabelos do ralo, mas estava atrasado. Saiu do banho, se vestiu e saiu de casa. Lembrou que devia dar apenas uma volta na chave. No caminho do ponto de ônibus, passou no boteco, engoliu o café e seguiu para o trabalho. De manhã, as contas ainda não batiam. Depois do almoço com o chefe, nova reunião com aquela empresa. No final da tarde, as contas se acumulavam. Saiu às 8, perdeu o ônibus, chegou às 10 em casa, tomou um banho rápido e foi dormir com fome. Perdeu a hora e correu para o banho. Os cabelos ainda estavam no ralo. Vestiu a roupa sem passar e saiu de casa. Foi direto para o ponto. Seu chefe veio perguntar por que as contas não batiam. Almoçou na mesa de trabalho, passou a tarde em reuniões, saiu correndo às 8, pegou o ônibus e chegou em casa às 9. Levou mais de uma hora tentando abrir a porta emperrada. Comeu o resto da lasanha e dormiu sem banho. Acordou, vestiu a roupa e saiu de casa. O chefe estava esperando na sua mesa. Disse que as contas tinham que bater hoje de qualquer jeito. Saiu às 10. Chegou em casa e foi para o banheiro. Os cabelos ainda estavam no box. Acordou, saiu de casa, tinha dormido vestido, uma volta, as contas estavam erradas, almoço na mesa, reunião, o chefe esperando na saída, amanhã é a última chance, chegou às 8, tomou banho, os cabelos ali no ralo e foi dormir. Acordou, saiu, a volta, as contas, o almoço, a reunião, o chefe: - A demissão. Chegou, foi ao box, olhou para o ralo e tirou os cabelos que ali se amontoavam.
                                                                                                   

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Futurologia

Como tenho visto as pessoas querer prever o futuro. Que ninguém sabe o que vai acontecer amanhã, isso todos já sabem. Mas falar no presente e acreditar naquilo que os olhos vêem é mais fácil e faz parte da verdade de cada um.

Nós, acreditamos naquilo que sabemos e conhecemos, e desprezamos o desconhecido.
Vale a máxima: - O que eu desconheço inexiste!

Evidente, só gostamos e amamos aquilo que “temos conhecimento”.  Aqueles que se atrevem a buscar o novo, fugindo regras, preconceitos são execrados e ridicularizados, pois fogem de um padrão habitual.

Na verdade o que seria da humanidade, se inexistisse o fracasso, pois dele é que surgiram os caminhos das novas descobertas. Poucos são os que se atrevem a levantar o véu do futuro, e olhar o desconhecido. (#Boaessaheinn!).

Olhar e analisar o que sabemos e conhecemos, é bem mais fácil, mas antever o futuro, e principalmente ter a coragem de descrevê-lo é extremamente difícil e arriscado porque existe sempre possibilidades de acontecer tudo bem diferente do prescrito.  (#NãoGostodisso!)

Quantos foram mortos por falar no desconhecido que hoje é uma realidade incontestável. Talvez Nostradamus, mãe Dinah.. enfim

Dizem que o nosso futuro está guardado, mas aonde no destino? Que destino? Será que ele não nos da uma canja e não nos antecipa alguns capítulos (RS!).

É verdade, que estudar o futuro tentando descrever cenários possíveis e destes prever ações para diminuir riscos, como num tabuleiro de xadrez, nem sempre é fácil. Álias, quem consegue essa missão são aqueles que fazem história.

Portanto amigos, o hoje, seria bem diferente se nos debruçássemos no futuro, antes de decidir o presente.

Saudações ao Futuro.