Esses dias de frio mais intenso que fez, me atrevi a colocar um casaco desses um pouco mais pesado, aqueles que sabemos que o possuímos há anos, porém achamos que a cada inverno ele estará devasado. Pois bem, para meu espanto meu casaco ainda está na moda, assim como a vida da gente. Nossa vida urge e muda em um imediatismo assustador, mas ao mesmo tempo, em certas ocasiões ela nos remota a situações já vivenciadas. Um amigo meu me dizia esses dias que estava com preguiça da vida. Achei aquilo espantoso! Mas depois fiquei pensando na declaração dele. Há carrosséis, que nem andam mais, estão estagnados, e perdem a oportunidade assim como meu casaco de saber se ainda podem fazer sucesso. Evidente, existem situações do nosso viver que são um carrossel, andam, andam e andam, mas mudam muito pouco. Veja aquilo que assistimos, aquilo que lemos, outrora já vimos algo no mínimo parecido. Porém, vejo também, que todo o infortúnio humano está contido em não saber conviver com o inesperado, ou seja, a surpresa, que é um fenômeno da vida, talvez o maior significado dela, desde que toda a existência é sempre presidida pelo que vai acontecer no futuro, no transcurso e no embalo do destino. E mesmo quando somos brindados pela vida ou pelo destino com fartas e estupendas benesses existenciais, vejo que o homem se apavora, quando com isso se defronta, dado que o resultado, não lhe pertence, e isso muitas vezes assusta. Assim, a vida pode até em partes ser um carrossel, mas o essencial é mudá-lo. Vejo, quando tentamos viver a vida que idealizamos, e não a que nos é presenteada, perdemos de enxergar as oportunidades de crescimento e felicidade que cada novo ciclo nos oferece. A rotina, muitas vezes é inevitável, mas é a inimiga número um do amor e de todas as relações do viver. Acredito que a mudança é fundamental na vida, e já está inclusive comprovado, que o ser humano considera insuportável até mesmo a rotina do carrossel de ser feliz.
Saudações ..
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