Ainda seguindo a saga das reproduções, enquanto as idéias estão escassas, para não dizer negativas, o "Post" a seguir traz a preocupação com o tempo no viver.
O relógio da Idade
Já me atrevi a escrever neste espaço, que a 3° idade é a melhor para se viver, dada as coisas que acredito que já atingimos na nossa vida. Mas para aqueles que não chegaram lá como eu, e creio que grande maioria dos meus leitores, nos passam uma idéia de que realmente, a 3° idade é a melhor. Claro certas coisas são impossíveis de fazer, temos que tomar medicamentos permanentes, mas temos toda experiência adquirida do viver passado. Bom, aonde quero chegar com isso, a nossas idades que possuímos, ou seja, temos a idade que temos e na hora certa. Ora, você já se imaginou com netos na idade que está ou mesmo filhos? Para muitos é impossível. Ainda temos outras coisas para fazer, mas para outros é extremamente normal ter filhos mais precoce. Bom, mas de outro viés, vocês já repararam nas crianças, quantas delas usam relógios? Praticamente nenhuma, elas não estão preocupadas com tempo, dada a magnitude e abundância das suas vidas que ainda tem por atingir, o prazo da morte e os compromissos, desaparecem para elas, em meio à delícia existencial que possuem no viver. Já nós de meia idade ou um pouco mais (Rs!), NÃO! A primeira coisa que fizemos automaticamente ao acordar, é olhar para o relógio, se é que não levantamos com ele “buzinando” nos nossos ouvidos. Porém para os de idade avançada, já não preocupam-se tanto com o tempo, este para eles passa lento, mas cada vez mais perto de um fim. E assim são as nossas idades, há possuímos no tempo certo, na medida certa. Já repararam nos animais, eu até os invejo, eles tem consciência do tempo e de tempo, mas não tem a infelicidade de possuírem um relógio, um marcador de tempo da vida, dado que os animais vivem por viver e para viver. Os tempos da infância e os da juventude são os mais felizes pela inconsciência que temos de um mundo ou mesmo de um marcador de tempo. Nossas vidas eram e foram muito mais felizes e alegres, quando não possuímos essas “algemas” do tempo. Saudações aos que não estão apresilhados no tempo.
(Texto/Crônica Publicado em 18/12/2009).