O ser humano existe para satisfazer suas vontades. Certo? Pois bem, o drama é que, a satisfação das vontades contenta ou não o homem. Pois, uma vez satisfeita a vontade, o homem se desinteressa por ela. Aquilo que lhe era uma ambição ou prazer, passa a ser visto como apenas mais um degrau, um passo tão simples que deixa de torna-se importante. O homem, então, procura outra vontade, outro objetivo a ser atingido, e o persegue, angustiado e luta para cumpri-lo, até que consegue. E o vazio retorna à sua alma, e ele percebe que precisa preencher um vácuo que antes não havia ali, e assim segue sempre na procura de uma nova vontade que o sacie, e assim, segue infeliz por toda sua existência, pois nunca se renderá por satisfeito. Não é por outra razão por exemplo, que a grande paixão é a paixão que não se contemplou, o maior dos amor, é o amor irrealizado, o maior desejo é o não plenamente satisfeito. Tenho notado, cada vez mais emoções arrebatadoras, que deixam as pessoas “fora de si”, muitas vezes emoção e sentimento tão forte que fascina, a ponto de pessoas cometerem barbáries para satisfazer seus desejos, nem que isso lhes custe “caro” no futuro. Se dissermos sim para o que nos arrebata, onde iremos parar? Se dissermos não, o quanto estaremos perdendo? Este talvez seja o dilema da sociedade atual, cada vez mais apelante e dependente do consumismo, da pornografia, da tecnologia, das aparências, (...)
Saudações aos “fora de si”!